sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Crítica: Gravidade
Gravidade (2013). Dirigido por Alfonso Cuarón. Estrelando: Sandra Bullock, George Clooney e Ed Harris.
Sem Spoilers
Alfonso Cuarón, diretor de Gravidade, foi o responsável por Filhos da Esperança (2006), um filme espetacular - provavelmente um dos meus favoritos - tanto em aspecto técnico pela ambientação extremamente realista e os longos planos sem cortes, quanto pela sua temática de esperança e otimismo em um mundo completamente pessimista. Assim, era de se esperar que seu próximo projeto fosse muito aguardado, e depois de sete anos Cuarón satisfaz as expectativas e entrega mais uma obra que será lembrada por muito tempo.
Gravidade acompanha dois astronautas (Bullock e Clooney) lutando pela sobrevivência após terem sido atingidos por destroços de um satélite e terem ficado à deriva no espaço. Apesar da trama aparentemente simples, o filme consegue manter o espectador atento e ansioso ao longo de seu andamento. É incrível como os 90 minutos de duração passam rapidamente devido ao ótimo ritmo e fluidez do longa.
Tecnicamente Gravidade é espetacular. Os efeitos visuais são excelentes, em algumas cenas, por exemplo, a câmera entra no ponto de vista dos personagens e a sensação é que realmente se está no espaço. Isso é ao mesmo tempo emocionante e assustador, já que apesar de ter-se uma vista linda do planeta a situação em que se encontram ainda é de extremo perigo. Um aspecto também interessante é que as cenas no espaço não possuem som (algo raro em filmes de ficção científica), entretanto a trilha sonora, composta por Steven Price, possui dicas e deixas sonoras para representar o que estaria acontecendo na tela, uma decisão genial.
Em relação a atuação, Sandra Bullock está muito bem no papel da astronauta novata Ryan Stone, tanto que eu não ficaria surpreso se ela fosse indicada novamente a um Oscar. Há uma cena em que a sua personagem simplesmente desaba de uma maneira que fora de contexto seria considerada cômica, mas a forma em que a atriz entrega a cena é tão verossímil e tocante que a audiência consegue sentir o que a sua personagem está passando no momento. George Clooney por outro lado, não possui tantas cenas de impacto quanto Bullock, embora o ator esteja carismático como sempre, o roteiro não pede que ele tenha tanto destaque quanto a Miss Simpatia, que aqui é o foco principal.
Do lado temático, o filme explora questões como a superação, o apreço pela vida e o renascimento. Existem diversas cenas e diálogos que reforçam todos esses temas, algumas vezes de maneira superficial e outras de maneira mais palpável. Há uma bela cena, por exemplo, em que a astronauta tira sua roupa espacial e flutua na estação de uma maneira que a imagem lembra um feto no útero.
Não sou muito fã de 3D, o último que assisti no cinema foi em Harry Potter 7.2 e mesmo assim achei completamente desnecessário com exceção de alguma cena ou outra. Aqui, acho que a terceira dimensão funciona muito bem, especialmente nas cenas envolvendo os destroços vindo em direção a tela ou em que objetos flutuam aleatoriamente pela estação espacial, além é claro da sensação de profundidade aumentar bastante a imersão.
Apesar de certos detalhes no roteiro terem me incomodado, achei Gravidade excelente. É um filme que triunfa em diversos aspectos: visual, atuação, trilha sonora e entretenimento em geral. Não somente isso, o sucesso estrondoso nas bilheterias prova que ainda há lugar para projetos originais em Hollywood, que não sejam apenas adaptações, remakes ou reboots. Espero que Gravidade tenha todos esses méritos reconhecidos pelo Oscar ano que vem, será mais do que merecido para um dos melhores filmes do ano até agora.
Nota: 5/5
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Abertura de Os Simpsons dirigida por Guillermo del Toro
Como muitos sabem, Os Simpsons tem um especial de Halloween anual, denominado Treehouse of Horror, composto de vários mini-contos de terror envolvendo os personagens de Springfield. Para esse ano, os criadores convidaram o cineasta Guillermo del Toro (diretor de O Labirinto do Fauno, Círculo de Fogo, Hellboy, entre outros) para dirigir a icônica sequência de abertura da série. O produto final contém diversas referências ao terror na cultura pop e é provavelmente a melhor abertura que Os Simpsons já teve em suas 25 temporadas.
Um segundo video foi feito marcando todas as referências feitas na sequência. Veja a seguir:
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Primeiro post e conteúdo do blog
Como a descrição já diz, RetroFilmes será um blog com críticas, análises e textos sobre literatura, música, televisão e cultura em geral, mas com foco principal em cinema. Não sou escritor, nem sequer tenho nenhum tipo de profissionalização relacionada, faço isso apenas como hobby derivado da minha paixão e fascinação por esses assuntos. Espero que o blog seja proveitoso e informativo aos leitores.
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